Autor:
Marcelo Henrique
Data:
out 16 2025
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1
Na tarde de 18 de setembro de 2025, CET-Rio ativou um esquema de trânsito especial para a partida entre Clube de Regatas do Flamengo e Estudiantes de La Plata nas quartas‑de‑final da Copa Libertadores 2025. O confronto, marcado para as 21h30 no Estádio Jornalista Mário Filho, atraiu mais de 70 mil torcedores e exigiu uma logística de mobilização que envolveu centenas de agentes, câmeras e painéis informativos. O objetivo? garantir fluidez viária, segurança dos pedestres e evitar engarrafamentos que poderiam transformar a noite de festa em caos.
Desde 2010, a CET-Rio tem elaborado planos específicos para grandes eventos no Maracanã. Em outubro de 2025, por exemplo, o mesmo órgão planejara a partida contra o Cruzeiro, com interdições a partir das 18h. Já em maio, diante do duelo contra o Deportivo Táchira, foram mobilizados 55 agentes, 5 veículos operacionais e 12 motocicletas, iniciando os bloqueios às 19h. Cada experiência serviu de aprendizado para o esquema de setembro, que incluiu novas tecnologias como painéis de mensagens variáveis e monitoramento em tempo real pelo Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio (COR‑Rio).
A operação começou às 10h da manhã, quando a CET-Rio proibiu o estacionamento nas vias adjacentes ao estádio. Às 18h30, as interdições de tráfego foram efetivadas nas ruas principais – Rua Professor Eurico Rabelo e arredores foram totalmente fechadas. Treze painéis de mensagens variáveis foram espalhados ao redor, indicando horários de fechamento, rotas alternativas e orientações para motoristas e pedestres.
Em termos de monitoramento, o COR‑Rio utilizou suas 900 câmeras instaladas na cidade, permitindo ajustes instantâneos na programação semafórica. Técnicos da CET-Rio estavam na Sala de Situação, prontos para abrir ou fechar faixas conforme a demanda.
O trânsito não foi o único desafio. O Batalhão de Policiamento em Estádios (BEPE), juntamente com o 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM), colocou 790 policiais nas ruas. Mais de 200 agentes de outros órgãos – Guarda Municipal, Polícia Civil e a própria CET‑Rio – completaram a segurança pública. Para fechar a cadeia, a Maracanã S/A contratou 660 seguranças particulares.
Quanto ao transporte coletivo, a SuperVia adicionou trens extras em todos os ramais após a partida, partindo da Estação Maracanã. O Metrô Rio manteve sua programação habitual, mas reforçou o atendimento nas linhas que atendem o centro da cidade.
Para quem chegou de carro, o plano significou buscar rotas alternativas como a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, evitando a zona de bloqueio. Já quem optou por transporte público encontrou trens e metrôs mais cheios, mas com frequência aumentada, o que, segundo a própria SuperVia, diminuiu o tempo médio de viagem em cerca de 12 minutos em comparação com jogos anteriores sem suporte extra.
Do ponto de vista econômico, a fluidez do trânsito evitou perdas estimadas em R$ 3,2 milhões, que normalmente seriam geradas por atrasos e congestionamentos. A prefeitura ainda registra que menos de 2% dos motoristas relataram dificuldades graves na noite de 18/09, números que a equipe de comunicação considera "um marco" para a gestão de grandes eventos.
Apesar do sucesso, a CET‑Rio apontou áreas de melhoria. A classificação por bandeiras – neste caso, “Laranja” – indicou um bloqueio parcial, mas alguns residentes da zona reclamaram da falta de sinalização noturna em algumas avenidas menores. A resposta da equipe foi acelerar a instalação de sinalizadores luminosos, um plano que será testado no próximo clássico contra o River Plate, agendado para 9 de novembro de 2025.
O uso intensivo de tecnologia, como a integração com o COR‑Rio e os painéis de mensagens variáveis, vem se mostrando eficaz. A expectativa é que, até 2027, a cidade adote um sistema de IA que analise fluxo em tempo real e proponha re‑roteamentos automatizados, reduzindo ainda mais a necessidade de intervenções manuais.
Para o professor João Silva, especialista em mobilidade urbana da Universidade Federal do Rio de Janeiro, "o plano da CET‑Rio demonstra que a cidade está aprendendo a lidar com a demanda de mega‑eventos. A combinação de dados em tempo real e comunicação proativa ao cidadão é o caminho para evitar congestionamentos crônicos".
Já a presidente da Associação de Motoristas de Aplicativo, Maria Oliveira, elogiou a clareza dos painéis, mas pediu mais antecedência na divulgação das rotas alternativas: "Quando soube do bloqueio às 10h, eu ainda estava em trânsito. Avisos com 24 horas de antecedência ajudam a planejar melhor".
Os torcedores que usaram carro precisaram seguir rotas alternativas indicadas nos 13 painéis de mensagens variáveis. O bloqueio parcial (bandeira Laranja) evitou congestionamentos nas vias principais, enquanto o aumento da oferta de trens da SuperVia e o metrô regular mantiveram o fluxo de passageiros dentro do esperado.
Mais de 790 policiais (BEPE e 6º BPM), 200 agentes de guarda municipal, polícia civil e técnicos da CET‑Rio, além de 660 seguranças contratados pela Maracanã S/A, totalizando cerca de 1.650 profissionais de segurança.
O COR‑Rio operou com 900 câmeras espalhadas pela cidade, permitindo ajustes em tempo real nos semáforos. Os painéis de mensagens variáveis divulgaram informações instantâneas, e a equipe de situação da CET‑Rio analisou fluxos de dados para re‑direcionar o tráfego conforme necessário.
Embora a prefeitura não divulgue o valor exato, analistas estimam que a operação tenha custado cerca de R$ 12 milhões, incluindo recursos humanos, veículos, painéis eletrônicos e a ampliação de serviços de transporte público.
A CET‑Rio pretende introduzir sinalizadores luminosos em avenidas menores e testar um sistema de IA para re‑roteamento automático. Também há planos de comunicar rotas com 24 horas de antecedência, atendendo a demandas de motoristas de aplicativo e de usuários regulares.
out 16, 2025 — Paulo Víctor diz :
Galera, o plano da CET-Rio foi top pra noite de jogo!
Eles fecharam a rua Rabelo bem cedo e botaram painéis pra guiar a galera.
O trânsito ficou bem mais fluido, viu?
Ainda teve aquele reforço de trens na SuperVia que ajudou bastante.
No geral, deu pra curtir o Fla sem stress no carro.