set 20 2025

Dia do Gaúcho: churrasco da Família Fioreze celebra tradição em Gramado

Marcelo Henrique
Dia do Gaúcho: churrasco da Família Fioreze celebra tradição em Gramado

Autor:

Marcelo Henrique

Data:

set 20 2025

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Fogo aceso, braseiro controlado e aroma de carne assando lentamente. É assim que a Família Fioreze escolheu marcar o Dia do Gaúcho em Gramado: com um churrasco de respeito, no dia 20 de setembro, das 12h às 15h, trazendo para o presente uma das práticas mais fortes da cultura sul-rio-grandense. A proposta é simples e poderosa: entregar uma experiência autêntica, sem atalhos, com tempo, técnica e tradição.

No centro dessa celebração estão os Irmãos Churrasqueiros, equipe que assumirá o comando do fogo para preparar cortes de gado, cordeiro e porco no estilo que identifica o gaúcho: fogo de chão, brasa constante e respeito ao ponto da carne. A família anfitriã coloca a cultura à mesa e reforça um ritual que segue vivo em cada 20 de setembro.

O que vai ter no fogo

A linha mestra do evento é o churrasco tradicional, com cortes nobres preparados em calor indireto, sal grosso e paciência — o trio que faz diferença. Nada de pressa: a carne assa devagar, absorve a fumaça certa e ganha suculência. A ordem natural do serviço começa por entradas e petiscos regionais e segue para os assados principais, que chegam à mesa no tempo do braseiro.

Os organizadores destacam que a ideia é preservar métodos transmitidos de geração em geração. Isso significa controle da distância entre a carne e o fogo, variação de altura das grelhas, manejo do vento e do calor, e a escolha cuidadosa da lenha para manter o braseiro estável. Esses detalhes, quase invisíveis para quem só vê o resultado, fazem toda a diferença no sabor e na textura.

  • Entradas e petiscos com identidade regional, abrindo caminho para os assados.
  • Cortes bovinos, ovinos e suínos, preparados no ritmo do fogo, sem pressa.
  • Foco na técnica clássica do fogo de chão e do braseiro bem conduzido.
  • Experiência de mesa coletiva, com serviço contínuo entre 12h e 15h.

Quem conhece a Serra Gaúcha sabe: Gramado tem um pé na imigração europeia e outro na tradição campeira. Essa mistura aparece no ritual do churrasco — mesa farta, conversa solta, carne servida em cortes que valorizam textura e sabor. Em um evento assim, o protagonismo é do preparo. A lenha certa, o ponto do sal, o tempo de descanso da carne antes do corte. Não é espetáculo de fumaça; é técnica na medida.

Como referência de cenário, entram os clássicos do assado gaúcho: costelas que pedem brasa constante, cordeiro que exige atenção ao calor para não secar, peças suínas que ganham crosta sem perder a maciez. Exemplos, não um cardápio fechado. O recado é: a condução do fogo define o resultado, e esse é o show que se pretende entregar.

Tradição e identidade no 20 de setembro

Tradição e identidade no 20 de setembro

O 20 de setembro é a data-símbolo da Revolução Farroupilha e virou, ao longo do tempo, um marco de identidade para o Rio Grande do Sul. É feriado no estado e vem acompanhado de acampamentos farroupilhas, desfiles, pilchas, música nativista e chimarrão. No meio de tudo isso, o churrasco ocupa um lugar especial: é a mesa onde a família se reúne, onde a hospitalidade se materializa e onde a memória passa de pai para filho.

Não é por acaso que a Família Fioreze aposta na tradição. Em eventos assim, o valor cultural vai além do prato. O fogo de chão fala de um jeito de viver, de uma relação com o campo, com o tempo e com a comunidade. Resgatar esse gesto — acender o fogo, respeitar o tempo da carne, servir em roda — é uma forma de manter viva a história do estado, mesmo em uma cidade turística como Gramado, acostumada a receber gente do Brasil inteiro.

Também chama atenção o cuidado com a experiência. Em churrasco tradicional, o serviço é pensado para fluir: entradas chegam para abrir o apetite, os cortes principais vão sendo servidos conforme atingem o ponto, e a conversa acompanha o ritmo do fogo. Nada engessado, nada apressado. A proposta valoriza o encontro e a mesa compartilhada.

Para além do prato, o contexto cultural dá peso ao evento. No 20 de setembro, muitas famílias se organizam para acender o braseiro em casa, em sítios ou em CTGs. Trazer esse espírito para um encontro organizado ajuda a aproximar moradores e visitantes, reforçando a ideia de que tradição não é peça de museu; é prática cotidiana, vivida e atualizada a cada ano.

Do ponto de vista gastronômico, é uma chance de ver de perto técnicas que definem o churrasco gaúcho: do domínio do calor ao corte correto da carne, passando pelo descanso antes de servir. Parece detalhe, mas não é. São esses gestos que diferenciam um assado bom de um assado inesquecível.

Serviço em poucas palavras: celebração do 20 de setembro em Gramado, promovida pela Família Fioreze, das 12h às 15h, com condução dos Irmãos Churrasqueiros e foco absoluto no preparo tradicional. Sem firula, sem modismo. Só brasa, corte e tempo — os três pilares do churrasco que formou a identidade do Rio Grande do Sul.

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