out 21 2025

Fortaleza tem 90% de risco de queda na Série A após derrota para o Cruzeiro

Marcelo Henrique
Fortaleza tem 90% de risco de queda na Série A após derrota para o Cruzeiro

Autor:

Marcelo Henrique

Data:

out 21 2025

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Quando Fortaleza Esporte Clube saiu derrotado por 1 a 0 diante do Cruzeiro Esporte Clube no Mineirão, a ansiedade dos torcedores cearenses atingiu o ápice. A partida, válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2025, elevou a probabilidade de descenso do Tricolor do Pici para 90,4 % – número divulgado pelo Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais. O revés, ocorrido em 18 de outubro, pode transformar a última etapa da competição em um verdadeiro "caminho sem volta".

Contexto da campanha e números que assustam

Antes da partida, Fortaleza ocupava a 19ª posição com 24 pontos, fruto de seis vitórias, seis empates e dezesseis derrotas. A distância para o primeiro clube fora da zona de rebaixamento (Santos, 31 pontos) era de sete pontos, enquanto a margem para o vizinho Juventude Samambaia (23 pontos) era de apenas um. Com apenas oito jogos restantes, a margem de erro ficou mínima. O modelo matemático da UFMG, liderado pelo professor Marcelo Fernandes, tem 87,3 % de acurácia desde 2018 e indica que Fortaleza precisaria somar 17 de possíveis 30 pontos – uma média de 2,125 por partida – para ainda sonhar com a permanência.

O gol que selou o destino

O único gol da partida saiu aos 34 minutos, quando o meia Christian Bedia aproveitou um cruzamento na área e batucou para o fundo das redes. A ação, descrita pelo relatório da ESPN (ID 732688), foi suficiente para garantir os três pontos ao visitante. Enquanto isso, o defensor do Cruzeiro, Fabrício Bruno, teve uma atuação marcada por erros de passe, um ponto que analistas da UOL destacaram como decisivo para o resultado final.

Lesões e ausências críticas para o próximo desafio

O departamento médico do Fortaleza divulgou, em 20 de outubro, que cinco titulares devem ficar de fora do confronto contra o Flamengo: o goleiro João Ricardo Alves da Silva (30), que rompeu o ombro direito em cirurgia realizada em 10 de outubro; o volante Lucas Crispim (26) e o lateral Lucas Cândido Benevenuto (24), ambos com edema no músculo da coxa posterior; o meio‑campo Matheus Pereira da Silva (28), com a mesma lesão; e o atacante Allanzinho (Allan Rodrigo Andrade da Silva, 25), também afetado por edema. A ausência desses jogadores "complica ainda mais" a situação, segundo declaração do preparador físico do clube.

Visão do treinador Martín Palermo

O técnico argentino Martín Palermo, que comandou o Fortaleza desde o início da temporada, reconheceu a gravidade do quadro. "Estamos em uma situação que exige 100 % de entrega nos próximos oito jogos. Cada ponto será uma batalha", afirmou em coletiva à imprensa em 21 de outubro. Palermo, ex‑jogador e ex‑técnico do Boca Juniors, já enfrentou cenários de desespero, mas alertou que "a margem de erro agora é zero".

O próximo embate: Fortaleza x Flamengo

O próximo embate: Fortaleza x Flamengo

O duelo decisivo está marcado para 25 de outubro, às 19h30 (horário de Brasília), na Arena Castelão, oficialmente Estádio Plácido Aderaldo Castelo, situada na Avenida Alberto Craveiro, 3333, em Fortaleza, Ceará. O adversário, Flamengo, ocupa a segunda colocação com 58 pontos e chega confiante, apesar de também enfrentar pequenos percalços de lesão. O confronto será transmitido ao vivo por TV aberta e plataformas de streaming, com expectativa de audiência acima de 10 milhões.

Impactos financeiros e apoio da torcida

Um possível rebaixamento tem reflexos econômicos significativos: queda nas receitas de TV, redução nos patrocínios e perda de jogadores-chave que buscam permanecer na elite. Estudos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apontam que clubes rebaixados costumam registrar uma diminuição de 30 % a 40 % na receita total no primeiro ano na Série B. Por outro lado, a torcida do Fortaleza demonstrou apoio incondicional, organizando caravanas de apoio ao clube e arrecadando cerca de R$ 1,2 milhão em fundos de solidariedade para ajudar nas despesas médicas dos atletas lesionados.

Perspectivas futuras e o que dizem os especialistas

Analistas da INFOBOLA, ao calcular a probabilidade de queda em 93 %, ressaltam que "o fator mando de campo é crucial"; Fortaleza tem poucos jogos em casa ainda, o que diminui suas chances de pontuar. Já o ex‑jogador e comentarista de TV, Jorginho, destacou que "a história do clube mostra resiliência – saiu da Série B duas vezes nos últimos dez anos, mas a situação atual é distinta, com o campeonato mais competitivo que nunca".

Perguntas Frequentes

Qual a probabilidade real de Fortaleza ser rebaixado?

Os modelos da UFMG apontam 90,4 % de chance, enquanto a análise da INFOBOLA sobe para 93 %. Ambos consideram fatores como mando de campo, dificuldade dos adversários e desempenho recente.

Quais jogadores do Fortaleza estarão ausentes contra o Flamengo?

Goleiro João Ricardo, meio‑campos Lucas Crispim, Matheus Pereira, atacante Allanzinho e lateral Lucas Cândido, todos com lesões que variam de cirurgia no ombro a edema na coxa posterior.

Como a derrota influencia a posição de Fortaleza na tabela?

A perda contra o Cruzeiro manteve o Tricolor na 19ª colocação com 24 pontos, ampliando a diferença para o primeiro fora da zona de queda (Santos) para sete pontos, com apenas oito jogos restantes.

O que dizem os especialistas sobre a chance de Fortaleza virar o jogo?

Especialistas como Marcelo Fernandes enfatizam que o clube precisaria ganhar quase todos os pontos restantes – algo que historicamente aconteceu em apenas 3 dos últimos 25 casos semelhantes.

Quais são as consequências financeiras de um possível rebaixamento?

Um descenso costuma reduzir a receita de TV em até 40 %, impacta patrocínios e pode desencadear a saída de jogadores de maior destaque, o que compromete o orçamento do clube para a próxima temporada.

1 Comentários


  • out 21, 2025 — Glauce Rodriguez diz :

    O prognóstico alarmante de 90% de rebaixamento do Fortaleza evidencia a ineficiência administrativa que persiste há temporadas. A gestão atual tem mostrado incapacidade de planejar um elenco competitivo, resultando em um desempenho desastroso. A falta de investimento adequado nas categorias de base compromete a renovação de talentos e aumenta a dependência de contratações caras que não se adaptam ao estilo de jogo. Ademais, a diretoria tem ignorado as recomendações técnicas de especialistas, favorecendo interesses políticos sobre os resultados esportivos. O torcedor cearense merece dignidade e não pode ser submetido a promessas vazias e à perpetuação de um ciclo de falhas que favorece apenas poucos privilegiados. É imprescindível que haja uma reestruturação profunda, começando pela contratação de profissionais qualificados e transparência nas finanças. Caso contrário, o quadro de risco permanecerá inalterado, culminando inevitavelmente na queda.

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