set 28 2025

Kashiwa Reysol elimina Monterrey nos pênaltis e avança contra o Santos

Marcelo Henrique
Kashiwa Reysol elimina Monterrey nos pênaltis e avança contra o Santos

Autor:

Marcelo Henrique

Data:

set 28 2025

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Quando Kashiwa Reysol venceu Monterrey nos pênaltis, o mundo do futebol sentiu a vibração de um clássico asiático‑latino. A decisão aconteceu em 11 de dezembro de 2011, no Toyota Stadium, na cidade de Toyota, Japão, diante de 27 525 torcedores que assistiram a um espetáculo de nervos à flor da pele.

  • Resultado final: 1‑1 no tempo normal e na prorrogação; 4‑3 nos pênaltis a favor de Kashiwa Reysol.
  • Gols: Leandro Domingues (53') para o Japão; César Delgado (12') + assistência de Suazo (12') para o México.
  • Artilheiro da partida: empate entre Domingues e Delgado, cada um com um gol.
  • Herói da disputa: goleiro Sugeno, que defendeu a cobrança de Lucho.
  • Próximo adversário: Santos (Brasil) na semifinal.

Contexto da Copa do Mundo de Clubes 2011

A edição de 2011 contou com sete equipes de diferentes continentes, reunidas para definir o melhor clube do planeta. O torneio, oficializado pela FIFA, segue um formato de mata‑mata a partir das quartas‑de‑final. Kashiwa Reysol chegou como campeão da J‑League, representando a Ásia, enquanto Monterrey entrou como vencedor da CONCACAF Champions League, ostentando a bandeira da América do Norte.

Para o público japonês, a presença de um clube doméstico nas fases decisivas foi um reforço de orgulho nacional. Já nos estádios do México, o Monterrey carregava a esperança de quebrar a hegemonia europeia que costuma marcar a competição.

O duelo no Toyota Stadium

No início da partida, a equipe japonesa adotou um esquema tático 4‑2‑3‑1, buscando controlar o meio‑campo com passes curtos e movimentação constante. O técnico Nelsinho Baptista apostou na velocidade de seus pontas, enquanto o mexicano Jorge Almirón optou por uma postura mais compacta, visando explorar contra‑ataques.

Foi aos 12 minutos que o México abriu o placar: César Delgado recebeu a bola na margem da área, cruzou e viu o chute desviado por Suazo, que acabou encontrando o fundo das redes. O estádio explodiu de surpresa, mas o silêncio se manteve quando Kashiwa pressionou.

O empate veio quase duas luas depois, aos 53 minutos, através do brasileiro Leandro Domingues. Em um contra‑ataque rápido, Domingues recebeu de fora da área, driblou o goleiro Orozco e balançou as redes, levando a torcida japonesa ao delírio.

Depois disso, o jogo virou um cabo‑de‑guerra de oportunidades desperdiçadas. Ambas as defesas de Orozco foram fundamentais: ele defendeu um cabeceio de Kudo e, mais tarde, parou a cobrança de Tanaka nos pênaltis.

Detalhes da partida e a definição nos pênaltis

Com o placar 1‑1 ao fim dos 90 minutos, a partida seguiu para a prorrogação. Kashiwa dominou a posse, completando 62 % do tempo com a bola, mas a falta de acabamento manteve o marcador inalterado. No segundo tempo extra, a fadiga tornou-se evidente; passes se tornaram curtos e as faltas mais frequentes.

Chegado ao fim da prorrogação, a decisão recaiu sobre a disputa de pênaltis. O goleiro Sugeno foi o primeiro a brilhar, defendendo a cobrança de Lucho (Monterrey). Em seguida, o próprio Orozco, em uma tentativa ousada, acertou a trave, desperdiçando a chance de empatar a série.

Os demais tiros foram convertidos com calma, até que Hyashi, o último cobrador japonês, viu o fundo da rede, selando a vitória por 4‑3. A atmosfera de alívio e euforia foi comparável ao silêncio que antecede a explosão de fogos no Ano‑Novo.

Reações e consequências para as equipes

Reações e consequências para as equipes

Após o apito final, o técnico Nelsinho Baptista comentou: "Foi uma partida de coragem. nossos jogadores mostraram que o coração japonês bate forte quando o assunto é futebol internacional".

Do lado mexicano, Almirón admitiu a frustração: "Faltou um pouco de frieza nas finalizações, mas a equipe lutou até o último minuto. O cruzamento de Orozco na cobrança foi corajoso, embora não tenha dado certo".

Para o Monterrey, a eliminação significa o fim de uma campanha histórica que já incluía a conquista da CONCACAF. Já Kashiwa Reysol garante seu lugar na história como o primeiro clube japonês a chegar às semifinais da Copa do Mundo de Clubes.

Próximos passos: semifinal contra o Santos

Na semifinal, o Japão enfrentará o Santos, representante da América do Sul e campeão da Libertadores 2011. O duelo será realizado no mesmo estádio, no dia 14 de dezembro, às 20h00 (horário local).

Especialistas apontam que o estilo ofensivo do Santos, liderado por Neymar e Paulo Henrique Ganso, pode cobrar dos japoneses um futebol ainda mais técnico e rápido. Por outro lado, a disciplina tática demonstrada por Kashiwa nos pênaltis pode ser o trunfo contra o talento criativo brasileiro.

Os torcedores japoneses já preparam faixas e cantos; enquanto isso, o Santos chega com o apoio de milhares de brasileiros que viajam para o Japão, criando um clima de festa internacional.

Fatos rápidos

  • Data: 11/12/2011
  • Local: Toyota Stadium, Toyota (Japão)
  • Assistência: 27 525 espectadores
  • Resultado: 1‑1 (tempo normal e prorrogação) – 4‑3 nos pênaltis
  • Goleiros destaques: Sugeno (Kashiwa) e Orozco (Monterrey)
Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes

Como a vitória de Kashiwa Reysol impacta o futebol asiático?

A conquista reforça a credibilidade da J‑League como competidora de peso no cenário mundial, inspirando outros clubes asiáticos a investir em infraestrutura e capacitação técnica para alcançar resultados semelhantes.

Quais foram os principais fatores que levaram ao empate no tempo normal?

Além da qualidade individual de Domingues e Delgado, a partida teve momentos de falha defensiva e cansaço físico, o que limitou a eficácia das finalizações de ambos os lados.

O que podemos esperar da semifinal entre Kashiwa Reysol e Santos?

Espera‑se um confronto intenso: Santos chega com ataque veloz e jogadores de grande técnica, enquanto Kashiwa confiará na disciplina tática e na experiência de cobranças de pênaltis.

Quem foi o maior destaque da partida?

O goleiro Sugeno brilhou ao defender a cobrança decisiva de Lucho, garantindo a vitória nos pênaltis e sendo apontado como o herói inesperado do jogo.

Qual a importância histórica deste confronto para o Club World Cup?

Foi a primeira vez que um clube japonês chegou às semifinais, marcando um "duplo asiático" no torneio, já que Al‑Sadd havia vencido sua partida no mesmo dia.

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