Autor:
Marcelo Henrique
Data:
set 21 2025
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Na manhã de sábado, Lando Norris saiu da garagem da McLaren com a frustração estampada no rosto e não hesitou: ele se viu como "perdedor" depois da sessão de qualificação em Baku. O jovem britânico explicou que, apesar de ter mostrado ritmo de líder nos treinos, a decisão de ser o primeiro a sair na Q2 acabou saindo pela culatra.
Nos três treinos livres, a McLaren bateu recorde de velocidade. No FP3, Norris fez 1:41.223, superando até mesmo o recorde de Max Verstappen por dois décimos. A expectativa era alta e o piloto chegou confiante ao quartel‑generale da pista, mas a situação mudou rapidamente quando o asfalto começou a ganhar aderência.
Na Q1, ele colocou 1:42.850 e ficou em P8 – posição segura, porém ainda longe do topo. O problema apareceu na Q2: ao entrar na curva 3, estreita e cercada por muros, Norris errou a freada e acabou derrapando. A bola de neve se formou porque o tempo exigia voltas cada vez mais rápidas; quem não evoluía era eliminado.
A escolha de ser o primeiro a entrar naquele turno foi estratégica – ele queria aproveitar uma pista mais fria e limpar a pista para os colegas. Mas Baku é famosa por punir até o menor deslize, e a barreira a poucos centímetros do traçado fez o erro custar a vaga na Q3.
Com a classificação final em P12, Norris vê o caminho para os pontos muito mais tortuoso. Em Baku, o safety car costuma aparecer cedo, mas partir de trás aumenta o risco de ficar preso em incidentes. Além disso, a McLaren está na briga pela segunda posição no campeonato de construtores e cada ponto conta.
O fim de semana até agora mostrou o potencial da equipe: Piastri também esteve próximo do topo nos treinos e a estratégia de pneus parece estar afinada. Contudo, o erro de Norris destaca como a combinação de estratégia, ritmo e o caráter da pista pode virar o jogo.
Para a equipe, o próximo passo será analisar a estratégia de quando entrar nas sessões e ajustar a abordagem para pistas de rua, onde o risco de penalização é maior. Enquanto isso, Norris promete recuperar o erro na corrida e provar que ainda tem condições de brigar por pódios.
O futuro imediato inclui a corrida de São Paulo, que tem um traçado completamente diferente. Se a McLaren conseguir transformar a velocidade dos treinos em performances consistentes, o piloto britânico pode deixar de lado o rótulo de "perdedor" e voltar a se enxergar como um dos candidatos ao pódio.
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