Autor:
Marcelo Henrique
Data:
out 14 2025
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Quando Donald John Trump declarou, às 19h00 (horário de Washington), que "a guerra em Gaza acabou", o mundo assistiu àquele momento histórico no White House em Washington, D.C. O anúncio, feito na noite de 8 de outubro de 2025, trazia um acordo de paz entre o Estado de Israel e o Hamas, mediado pelos Estados Unidos, Marco Antonio Rubio e garantido por Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani (Catar) e Badr Abdelatty (Egito). A promessa: liberação de todos os 102 reféns israelenses e dos restos mortais de 32 outros dentro de 72 horas após aprovação do gabinete israelense.
O embate que culminou no acordo tem raízes que remontam ao ataque coordenado de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu território israelense, desencadeando duas guerras consecutivas. Desde então, mais de UNRWA relata cerca de 67.000 mortes palestinas e destruição quase total da infraestrutura de Gaza. Tentativas anteriores de cessar-fogo – como o acordo entre 19 de janeiro e 18 de março de 2025 – fracassaram quando Israel não cumpriu a retirada prometida do corredor de Filadélfia.
O texto, finalizado após meses de negociações secretas, prevê quatro fases. Na primeira, o Hamas deverá soltar todos os reféns em até 72 horas, com as transferências ocorrendo no ponto de travessia de Kerem Shalom, sob monitoramento da UNTSO. Em troca, Israel retirará suas forças de posições avançadas até uma “linha acordada”, ainda não detalhada publicamente.
O Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, será responsável por garantir a aprovação do gabinete às 10h00 (horário de Tel Aviv) no complexo militar de Kirya, em Tel Aviv.
Na madrugada de 8 de outubro, o secretário de Estado Marco Antonio Rubio entregou a Trump um bilhete manuscrito dizendo “acordo muito próximo – preciso de sua aprovação”. O presidente interrompeu seu discurso às 18h47, dizendo que seria “necessário agir rápido”. Fotografias da Associated Press capturam o momento de tensão.
O Hamas, em comunicado emitido de Doha às 20h30, agradeceu ao presidente norte‑americano e aos países garantidores, pedindo que “não se permita atrasos na implementação”. Já o Ministério da Defesa de Israel afirmou que cumprirá as exigências do acordo, mas insiste que a segurança bordera será mantida até a retirada completa.
Para a população de Gaza, a notícia traz esperança de alívio imediato – hospitais inundados por feridos poderão receber ajuda humanitária sem risco de bombardeios. Economicamente, o plano de US$ 50 bilhões pode gerar milhares de empregos na reconstrução, embora críticos apontem que a execução dependerá de garantias de segurança e de um controle eficaz sobre o fluxo de recursos.
Do ponto de vista geopolítico, o acordo representa um triunfo diplomático para a administração Trump, que busca reforçar sua imagem como mediador de conflitos globais. Ao mesmo tempo, o acordo coloca pressão sobre os países árabes que, historicamente, apoiam a causa palestina, exigindo que conciliem apoio a Gaza com reconhecimento de um governo civil.
Se o gabinete israelense aprovar o plano até 9 de outubro, a liberação dos reféns deverá se concluir até 12 de outubro, conforme informado por fontes norte‑americanas. A segunda fase do acordo – retirada completa das forças israelenses para as fronteiras reconhecidas internacionalmente – está programada para iniciar 30 dias depois, seguida pela implantação da autoridade civil palestina e pelos primeiros projetos de reconstrução.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente o cumprimento das cláusulas. A ONU prometeu enviar observadores adicionais, e a União Europeia já anunciou um fundo complementar de € 10 bilhões para apoio social.
Os 102 reféns vivos serão libertados em até 72 horas após a aprovação do gabinete israelense, com a primeira transferência prevista no cruzamento de Kerem Shalom. O processo será monitorado pela UNTSO, garantindo segurança para ambas as partes.
Israel concordou em recuar até uma "linha acordada" não divulgada ainda, retirando forças de posições avançadas em Gaza. A retirada parcial deve acontecer até o final de outubro, com a etapa final prevista para 30 dias após a liberação dos reféns.
Catar, Egito e Estados Unidos assumem a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das cláusulas, facilitando a entrega dos reféns e assegurando que Israel cumpra a retirada militar. Eles também coordenam o fluxo dos US$ 50 bilhões de ajuda para a reconstrução.
A ONU e a UE esperam que o fundo de US$ 50 bilhões, liderado pela USAID, seja usado para restaurar infraestruturas críticas – água, energia e saúde – e gerar empregos locais. O sucesso dependerá da estabilidade política e da segurança na região.
O acordo coloca o governo Trump como protagonista em um dos conflitos mais duradouros do Oriente Médio, reforçando sua agenda de “paz pelo poder” e buscando uma vitória diplomática que pode influenciar as próximas eleições nos EUA.
out 14, 2025 — Elida Chagas diz :
Aplaudo a suprema genialidade de Trump, que, evidentemente, resolve tudo em cinco minutos.